A parte que mais me surpreendeu foi o facto do Peeta ter sobrevivido, pensei até ao último momento, a tal parte das bagas, que ele fosse morrer. Isto porque li um spoiler acidentalmente que me induziu em erro, portanto até quando fizeram aquele anúncio de que podiam sobreviver duas pessoas desde que fossem do mesmo distrito pensei que ele morresse na mesma.
A organização do jogo foi awesome, tudo era controlado ao pormenor para passar a imagem que o querem na tv, as alterações climáticas, os patrocinadores... Foi tudo pensado ao pormenor, ficou muito credível. Achei espantoso como aquele glamour inicial com as roupas, as entrevistas, etc, roda à volta de uma coisa tão ignóbil como os Hunger Games. O Homem consegue mesmo sádico.
Quanto aos personagens em si não fiquei especialmente surpreendida com nenhum deles, simpatizei muito com a Katniss, gostei do Cinna, da Rue (tive imensa pena quando ela morreu, apesar de já estar a prever a sua morte desde o momento em que elas fizeram aqueles esquema de se verem livres dos mantimentos dos Careers), do Peeta e vá o Haymitch também não é mau diabo apesar de estar sempre com uma pinga a mais xD
Falando no Peeta e do Haymitch gostei do plano de passar a ideia do romance trágico para a tv, foi muito bem pensado. Pelo quanto eu sei, não é uma coisa que já não tenha acontecido em reality shows, a verdade é que quem assiste a estes programas adora ver coisas do género. Soou-me a uma crítica social, hi5 for that Suzanne Collins! É claro que depois a escritora decidiu aproveitar para passar realmente ao romance e eu até que nem achei mal, porque não me soou a uma coisa caída do céu assim do nada, levou o seu tempo. Só não estou a gostar do triângulo amoroso que se tem vindo a formar, é completamente desnecessário. Então o Gale não é o melhor amigo da Katniss há anos? Porque não mantê-los amigos? Srsly espero bem que não seja muito explorado nos próximos livros, porque é muito meloso (Anti-romance Phebus strikes again).
Agora pergunto-me de que falarão os próximos livros, espero que tenha a ver com o governo. Devem criar uma rebelião ou algo do género. A ver se começo a ler o próximo hoje
Btw bella, eu tenho o pdf dos 3 livros se quiseres envio-tos.

Pois eu sei, mas a história das bagas deu-lhes cabo dos planos. U mad Capitol and Gamemakers?
Mas sabes que essa história vai ter bastantes repercussões posteriormente...
Pelo o que já li do segundo livro sempre vai ser sobre a rebelião, os personagens mantêm-se

Ai de ti que estejas a ler isto sem teres acabado o livro Jato!

Fui eu a única a achar a ideia dos mutantes parva? Deve ter sido para tornar os jogos ainda piores mas mesmo assim eu achei completamente desnecessário. Mas pronto, não sei se é por não gostar de zombies mutantes ou se toda a gente achou o mesmo...

Ah Ah! Não me apanhaste. Já tinha acabado o livro quando abri o spoiler.
Também fiquei um bocado esquisito quando estava a e a parte dos cães mutantes/zombies. O quê? Transformarem adolescentes em animais! Que coisa tão estranha... Mas enfim, come-se, e é mais outra razão para o vício. Essa parte foi decisiva para os Jogos, e com tanta esquisitisse como as Abelhas, as Bagas e tudo o resto, é apenas mais uma das componentes do jogo. Agora que foi estranho, isso foi...

Bem, quanto ao livro, achei fantástico. Normalmente não gosto de livros na 1ª pessoas, ficam muito monótonos e são muito limitados, isto é, não mostram mais nada para além da vida daquela personagem. No início do livro não achei muita piada a isso, mas ao longo da história vai-se habituando. Um dos factores que contribuiu para que eu me acostumasse à 1ª pessoa foi a personagem, a Katniss, ou a Catnip como diz o Gale. Ela é forte, corajosa, destemida... É impossível não se gostar dela. Logo no início quando se voluntaria pela irmã ela prende-nos. E falando das personagens, o livro tem muito boas! Quem mais me surpreendeu foi a Effie. Pensei que fosse daquelas personagens ranhosas, estúpidas, fúteis, excêntricas, ignorantes que nem gosta delas. De facto, ela é isto tudo, mas é de uma maneira diferente. Toda aquela vaidade faz-nos pensar que ela é não tem culpa por ser assim. É a natureza dela. Por isso gostei muito dessa personagem. Também há o Haymitch, que também se surpreendeu pela positiva. Apesar de estar a maior parte das vezes bêbado, ele sabe o que está a fazer como profissional. Mas coitado, ganha os Games, e passa 30 anos a treinar crianças para uma morte estúpida. Quem o pode culpar de ser assim? O Gale e o Peeta também se enquadram bem na história. Coitado do Peeta. Ele não é nenhuma personagem inesquecível, mas o seu amor pela Katniss é.
O que nos prende ao livro também são os, não sei se isto se pode chamar assim, "slogans". No Harry Potter também temos uma série deles ("...o rapaz que sobreviveu..."), e aqui também. A Katniss é conhecida sempre como "Girl on Fire". O Peeta "The Boy with a Bread". E são assim que são reconhecidos por toda a gente. Como isto que vi no YouTube: The Girl on Fire + The boy with the bread = Toast.
Mas a mais marcante de todas: "May the odds be ever in your favor!" Isto é uma boa táctica para tornar o livro inesquecível.

Depois a história. Devo dizer que pensei que o livro fosse mais "pesado". Mas afina é uma leitura leve. A autora usa muito a técnica do resumo, passamos logo para a ação e não temos aquelas longas descrições. Isso também me surpreendeu. Quanto descreve alguma personagem ou lugar, mesmo descrevendo a protagonista, apenas nos dispõe de duas ou três frases sobre esse personagem. Utiliza muito a caracterização indireta. Resuta muito bem com a história, pois o facto de estar na 1ª pessoa, nós vamos conhecer pouco a pouco a personagem que nos dispõem assim como a Katniss. Bem, isto não é nada de novo, mas depois de dar "Os Maias" em português com longas descrições, fiquei surpreso quando aqui vi muito poucas.

Continuando, a história já todos sabem. A autora conseguiu criar algo que parece real. Toda a organização dos jogos, desde as entrevistas, os treinos, até as "armadilhas" dos GameMakers são algo que podia ser real. Ela conseguiu atribui realismo a uma história de fantasia. Gostei particularmente na fase pré-jogos. As entrevistas, os treinos, os nervos. Depois os Jogos. A partir daí o livro prende-nos. Acontece, a um bom ritmo, sempre algo excitante e surpreendente. Gostei muito dos Jogos, mas não vou entrar em detalhes. Só acho que no filme eles devem dar menos espaço a tal. Todos os acontecimentos que se passam na arena devem estar muito condensados no filme. Aconteceu lá tanta coisa! É esse o problema dos filmes: não devem ter tempo suficiente para contar tudo. Uma das "melhores" partes foi a morte da Rue. Tão triste, tão simbólica, tão bonita... Mas há a esperança, que deve ser o tema dos outros livros. Todos os assuntos políticos tão bem explicados e são muito interessantes, pois sem eles também não tínhamos Jogos... O mais esquisito é que eu queria que eles parassem de sofrer, mas queria ver um espectáculo a sério. Queria ver uns Jogos com alguém a sobreviver e com acontecimentos marcantes.

Ela entre em várias partes, sim. No treino, e principalmente nos Jogos. Mas mais nos Jogos. Sem ser os protagonistas, achei que os melhores tributos em Jogo eram ela (Rue) e a Foxface. Ambas não eram fortes, nem grandes, mas eram espertas. Sabiam tirar partido das suas qualidades. Quem não gosta da Rue? Ela é a mais pequena e inocente. Saber que está naqueles sanguinários Jogos faz-nos logo um bocado emotivos. Mas na verdade ela sobrevive na pior parte! Adoro a descrição dela quando aparece na árvore à Katniss. Os grandes olhos, a sombra... Ela torna-se aliada da Katniss, e a partir daí o livro melhora. As duas confiam uma na outra, mesmo conhecendo-se pouco. Mas ambas sabem que estão naquilo juntas e que só se podem apoiar uma à outra. Infelizmente, ela morre. É uma das partes do livro mais bonitas (estou curioso em ver no filme). A Katniss canta para ela, junta-lhe flores, e faz o tão simbólico movimento dos três dedos. E depois vem o pão. O pão do distrito 11. O pão que significa tanto para a Katniss... Até na parte em que o Tresh tenta matar a Katniss, é devido à Rue que esta se salva. Ela é realmente uma fantástica personagem. E gostei muito da escolha da atriz para o filme. Transmite muito bem o espírito da personagem.

Uma coisa que eu achei extraordinariamente bem feita foi a visão que nos deram do efeito externo que os jogos têm, os Gamemakers a fazerem alterações na arena, deliciados (aí a tecnologia xpto ficou bem, mostrou com as coisas são feitas e deu um ar ainda mais credível ao jogo), a diferença entre as reacções das pessoas do Capitol e dos distritos ao jogo (houve lá uma cena em particular que me fez lembrar uma parte do segundo livro), o Haymitch a falar com o Seneca persuadindo-o para alterar a regra do único vencedor, ah e o Snow! Ele apareceu várias vezes, fiquei muito surpreendida em o ver, nunca pensei que já o pusessem, muito menos a comentar o jogo com o Seneca. Com estas cenas, apesar de não estarem a seguir o livro à risca, deram um cheirinho de uma rebelião a aproximar-se e mostraram que era realmente o vilão nesta história toda. Thumbs up for that movie, thumbs up!
Acho que a maior asneira que fizeram foi "desprezar" o significado do Mockinjay (ou mimo-gaio em português), há muito mais a dizer sobre eles do que serem felizes passarinhos cantantes que repetem as tuas músicas e do que o próprio pin da Katniss. Para começar não gostei muito que lhe tenha sido dado pela senhora do "mercado", ignoraram completamente a Madge, mas pronto isso até se entende visto que assim não tiveram de perder tempo a apresentar um personagem que só por si não é muito importante. Agora ignorar o significado do símbolo da rebelião é grave! O Mockinjay nasceu fruto de duas espécies mutantes criadas pelo governo, no entanto foi completamente fora dos seus planos. É a prova que por muito poderoso que o Capitol seja nunca poderá controlar tudo. A própria Katniss será chamada de Mockinjay nos próximos livros, o símbolo da revolução.
Falando em Mockinjay lembrei-me da Rue (supostamente seria ela a contar a sua origem), a actriz foi muito bem escolhida, é exactamente como sempre a imaginei. Tenho pena que ela não tenha tido mais tempo em cena, acho que merecia mais. Podiam ter ao menos dito como ela gostava de música e de como ela fazia lembrar a Katniss da irmã. Podiam ter posto uma imagem dela intercalada com a da Prim, só levava uns segundos e ia surtir um bom efeito. A morte dela seria bem mais marcante se o fizessem, além do mais a parte em que ela pede à Katniss para cantar e ela lhe canta a canção de embalar da Prim faria muito mais sentido. Eu pelo menos esperava bem mais daquela cena, ficou um pouco aquém das minhas expectativas. Mas pronto, talvez tenha a ver com a personalidade de cada um, ou então quem sabe se eu não tivesse lido o livro não visse os defeitos da cena e já me soasse melhor.
O resto dos personagens, tal com a Rue, estão muito bem escolhidos, especialmente o Cinna e a Foxface. A Katniss do filme é um pouco mais sensível do que a do livro, não chora, mas grita com maior facilidade. No entanto continuo a gostar imenso dela. A Clove e o Cato do filme não são tão sádicos como deveriam ser, não não estão mal. O Tresh no entanto não ficou lá muito bem, não por culpa do actor mas pela fala, quando li a cena em que ele poupa a vida à Katniss nunca imaginei que ele falasse com uma voz tão ameaçadora. No filme deu a entender que ele estava a conter-se para não a matar, tipo Vá safas-te desta vez porque protegeste a Rue, mas vou fazer o possível para te apanhar e matar-te o quanto antes. No livro ele foi bem mais simpático, notou-se que ele não a queria matar se o fizesse era somente pelos jogos e não por ser violento, senti pena dele quando soube que morreu. No filme só consegui sentir alívio.
A cena do pão do Peeta, que lhe dá a sua alcunha, também não ficou lá muito bem. Para começar porque eles não tinham a idade que tinham no livro. No livro, na altura em que tudo se passou tinham ambos 11 anos, o pai da Katniss tinha acabado de morrer e ela ainda não sabia caçar bem, era natural que ela estivesse a morrer à fome. Mas visto que a intenção deles foi mostrar que o pai tinha morrido há coisa de meses, um ano no máximo, ok. Ultrapassa-se isso. Mas caramba, eles deram a impressão de que o Peeta deixou queimar o pão por acidente, a mãe lhe bateu (essa parte ficou bem por acaso, a forma que ela o empurrou da porta para fora deu-me um arrepio na espinha), e deitou metade aos porcos. Depois viu a Katniss lá no chão e lançou-lho. Soou mais a um descuido e pronto já que aquela rapariga está ali a passar fome vou dar-lho. Não foi assim, a Katniss tentou roubar pão na padaria, a mãe do Peeta escorraçou-a de lá para fora, e o Peeta que tinha assistido a tudo deixou queimar o pão de propósito para lho dar. Não custava assim tanto seguir isto correctamente, era só encontrar dois actores minimamente parecidos com eles e deixar a cena ser um pouco mais longa. Visto que repetiram parte dela não custava tê-la posto uma só única vez, mas enfim...
Já agora, alguém mais achou que eles estavam excepcionalmente limpos para quem estava num ambiente hostil como aquele? Especialmente o cabelo da Rue, estava fabulous. A mim basta-me ir para o vento e já fica uma rodilha... Ah e good news Jato, já que também não achaste piada à parte dos zombies/mutantes (vim a saber posteriormente que afinal os olhos não eram dos tributes mortos, eram só uma imitação para os assustar). Eles incluíram os lobos/cães mutantes, mas não tinham nada em comum com os participantes mortos, ficou realmente melhor assim.
E pronto, acho que não me vou alargar mais, isto já deve ter umas duas páginas ninguém vai ter paciência para ler este testamento.

MELHOR FRASE: Eu caço. Ele coze. O Haymitch bebe.

O Haymitch no seu melhor oh Jato!

O Peeta não fica sem parte da perna como era suposto, o facto do Peeta estar quase a morrer por causa da perda de sangue foi parte da razão pela qual eles iam comer as bagas. Mas pronto, não se vai revelar um pormenor assim tão importante no futuro, portanto é perdoável...

Enfim, o filme está fiel ao livro, mas claro que que há os habituais deslizes, as cenas cortadas e cenas inventadas. Mas num geral está bom. A Phebus já falou tudo, por isso não vou dizer muito. Só queria referir o realizador. Não é mau, até deu um certo toque ao filme, uma marca própria, mas certas partes não achei muita piada. O raio da câmara não para quieta! Tudo bem, é para mostrar o quão dramática uma cena é: ela a correr e a câmara a correr com ela (parece as minhas filmagens todas mexidas). Mas numa cena calma, em que duas pessoas estão a conversar, era desnecessário tantas voltas na câmara. Pronto, foi uma coisa que me meteu impressão.

O que foi melhor aproveitado no filme foi mesmo os cenários e a caracterização. Os lugares, principalmente o Capitol e o Distrito 12 estão tal e qual o livro. As pessoas do Capitol são o melhor! Extravagantes, excêntricas, tal e qual! Só de me lembrar daqueles pestanões... A escolha dos atores também nao podia ser melhor! Principalmente da Katniss, Cato, Rue, Gale, Foxface, Effie e Cinna. Encaixam que nem uma luva.

Quanto à história, mantiveram-se muito fieis ao livro, mas tiraram lá cenas que me custou! NÃO LER SE AINDA NÃO VISTE O FILME! Primeiro foi o facto da Katniss encontrar logo água. No livro essa parte e fundamental pois marca a compreensão mútua entre ela e o Haymitch. Depois a perna do Peeta. Esse só tinha uma ferida na perna. No livro fica sem perna. Mais uma vez também contribui para a história, principalmente na cena em que são capturados e a Katniss grita por ele. Ela sem querer demonstra amor por ele. Foi perfeito no livro. E por fim a Rue. A atriz é perfeita, a personagem também, só tive mesmo pena de tão pouco tempo de antena que ela teve. Nem contou as várias histórias que no livro conta do seu distrito e dos Mimo-gaios (que nome...).

Mas também há cenas muito boas! A caracterização, como já referi acima, está 5 estrelas! Principalmente nos vestidos da Katniss (os de fogo). As entrevistas também estão muito boas. A cena da contagem está linda! Muito boa mesmo! Mostra toda a Panem, os vários lados do país, e os nervos da arena. Tudo que se passa na arena está perfeito. Mas não se chegou a perceber que os cães eram uma obra dos GameMakers para parecerem os antigos jogadores.

E pronto, não conto mais nada!