mulan_4ever escreveu:

eu por exemplo, fiquei com o sobrenome do meu pai, mas a minha mãe não mudou o dela. eu se me casar um dia, também quero ficar com o meu nome =P

Isso hoje em dia em portugal é bastante incomum a mulher aquirir o sobrenome do marido. Na minha família (pelo menos nas 4 gerações que sei) e nas dos meus amigos mais próximos não conheço nenhum caso da mudança de nome por parte da mulher após o casamento, existe essa possibilidade mas penso que esteja quase extinta em Portugal.
Já na América como sabem pelos filmes e séries, apesar de não ser obrigatório é quase unanime essa pratica.

Também quero ficar com o meu. Já disse ao meu namorado que não gosto do apelido dele sem quaisquer problemas. Também já lhe disse que ia fazer de tudo para que os meus filhos não ficassem com o apelido dele em último lugar. Coitadinho. Ele mostra-se um bocadinho desgostoso sempre que eu lhe digo isso e defende-se com a lei de a criança ficar com o último nome do pai em Portugal... bem, pelos vistos, a lei não existe. O que é bom para eu conseguir o meu objectivo.

Por um lado, fico com pena de o ver triste... Já começo a ficar sem certezas. O certo é que decidirei mais tarde, quando for tempo de eu criar uma família. Não gosto do nome dele. Mas também não é assim tão mau. Existem várias pessoas com esse apelido.

Concordo com a Mulan. Ele, sempre que eu criticava o último nome dele, defendia-se com o argumento que, se alguma vez eu quiser casar com ele adopto o nome dele. Aí eu digo logo sem o mínimo de pena possível "Não hei-de ficar com o teu nome! Eu tenho um pai, eu tenho um nome! Não preciso de um homem para ter um último nome que nem sequer pertence ao meu sangue!" Aí ele cala-se. Sabe que é verdade. E não voltarei atrás nessas afirmações da minha parte! Não era capaz de mudar o meu último nome, mesmo que não gostasse dele. É meu, é parte de mim. Não iria por outro por cima para o camuflar. A minha mãe fez isso, ficou com o nome do meu pai porque sempre gozaram com o nome dela. Não vejo razões para isso. O apelido da parte dela é único em Portugal! Também já gozaram comigo por causa dele, mas eu encho sempre o peito com orgulho. Já o utilizaram e me trataram por ele em vez de usarem o meu nome próprio ou último nome para me chamarem. No entanto, em vez de ficar chateada eu ia sem o mínimo de problemas. É o meu nome. E tenho orgulho nele!!!

Bom não se pode dizer que seja propriamente "nos dias de hoje", mas no entanto é machismo e dos grandes. Além do mais custa-me particularmente por ver que vem de onde vem. De que é que eu estou a falar? Disto:

http://www.vulture.com/2007/07/disney_animation_1938_no_girls.html

Para quem não percebe muito de inglês: trata-se de uma carta de rejeição a uma senhora que se candidatou a trabalhar na Disney em 1938. Nesta altura mulheres não eram aceites a trabalhar, digamos assim, no processo criativo da animação, não podiam desenhar. O único lugar que podiam ocupar era já na preparação das folhas transparentes, a pintar os personagens e acho (não tenho bem a certeza, já vi o behind the scenes há algum tempo) que os fundos também.
Ver coisas destas deixa-me muito triste, espero que a senhora tenha tido a oportunidade de trabalhar em animação e não só a pintar.

Isso é tão triste... Pobre senhora... Tenho bastante pena de ela. Quem sabe, poderia ter sido uma grande animadora!

Também me deixa triste, ainda mais sendo da parte de uma das companhias pela qual tenho mais respeito. Ao menos isto já não acontece e hoje temos mulheres excelentes envolvidas no processo criativo da animação

É um pouco triste realmente... :/ Como a Pii disse podia ser uma bom animadora.